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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

PRAÇA RAUL SOARES


Passando pela Praça Raul Soares. Sentei e comecei a pensar.: Parece a Praça é nossa. “É gente que vem, gente que vai”, gente de todo tipo. Mendigos, menores carentes, ou seja pivetes mesmo, até assaltantes, mas gente de bem também.
Sentei em um banco e comecei a me imaginar como o Carlos Alberto de Nóbrega. Sabe que daria uma “praça é nossa” ali na Praça Raul Soares?
São pessoas que curtem a vida, pessoas idosas, cachorros, crianças. Pessoas alimentando gatos, outas fazendo caminhada. Isto sem falar das testemunhas de jeová que distribuem os seus folhetos e o pessoal da Igreja Universal, que distribui jornais e rosas, chamando as pessoas a participarem de cultos. Pessoas vendendo artesanato, outros fazendo turismo.  Me deu uma vontade de conversar com todas elas para saber o que fazem ali. E é o que vou fazer numa próxima oportunidade...
 E foi o que fiz hoje.
“ As pessoas não apoiam a gente” Foi o que disse Regina, uma moradora de rua que fica nas imediações da Praça Raul Soares. Com a boca machucada e com cara de quem já bebeu todas, Regina conversou comigo e disse ser natural de Boa Esperança. Chegou até a cantarolar: “Serra da Boa Esperança, esperança que encerra..” Coincidentemente o pessoal da Prefeitura estava conversando com ela  e com outros moradores. Chegaram a marcar para que ela comparecesse lá para dar uma passagem para que ela voltasse à terra natal. Mas ao que tudo indica, Regina não vai lá. Até parece que morar na rua é bom. Ela disse que já teve casa, trabalhava e que mataram o marido dela, mas será verdade?  Outro dos moradores disse que veio da Bahia e que  mora com Regina há sete meses.
Ainda andando pela Praça encontrei uma moça  com uma prancheta e caneta na mão. “ A senhora não quer fazer um curso profissionalizante para ganhar um dinheiro extra?” - me perguntou. Rúbia e mais oura garota estavam trabalhando. Elas chamavam as pessoas para  um curso profissionalizante que funciona na Av. Amazonas, perto da Praça.
Continuei andando e encontrei uma senhora com um cachorrinho e perguntei se ela vai à Praça todos os dias e qual era o nome do cachorrinho. Só que ela me respondeu tudo por gestos e cheguei à conclusão que ela era muda.
“Estou fazendo caminhada. O médico me mandou andar pelo menos vinte minutos todos os dias”, foi o que disse Rosário, que estava com uma senhora na cadeira de rodas e um cachorro, aquele da propaganda de Cofap amarrado à cadeira.  Enquanto faço  caminhada, tomo conta da minha mãe, que não pode ficar sozinha,  e trago o cachorrinho para passear. ( E é o que faço muitas vezes).
Como vocês podem ver, nâo me sentei como o Carlos Alberto no banco da Praça, mas caminhei . E terminando a minha caminhada de hoje observei os jardineiros, guardas municipais e polícia militar que estão ali para embelezar e tomar conta da Praça.   Cheguei à conclusao que as pessoas vão à praça para trabalhar, passear, ver o tempo passar  e até mesmo para se divertir.

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